Em tempos de COVID-19, o fluxo de caixa de uma empresa se torna ainda mais importante. É algo que você vai entender melhor nesse post.
Não só no Brasil, mas em praticamente todo o mundo, o sucesso no exercício de uma atividade empresarial pressupõe o enfrentamento diário de inúmeros desafios de gestão e de um alto nível de competitividade.
Se isso já ocorre quando há uma relativa normalidade econômica e social, o cenário se apresenta ainda mais desafiador no contexto da atual crise sanitária global decorrente da pandemia de COVID-19, não é mesmo?
Fluxo de caixa, uma das apostas cruciais
Por isso, mais do que nunca é fundamental contar com ferramentas gerenciais que permitam avaliar de forma clara quando e quais providências precisam ser adotadas para a sobrevivência dos negócios durante e após a pandemia.
E, dentre estas ferramentas, sem dúvida, está o fluxo de caixa. Ele é um instrumento de controle e planejamento financeiros que relaciona as entradas e saídas de recursos de uma empresa em um determinado período.
Porque o fluxo de caixa auxilia o administrador a identificar eventuais sobras ou faltas de caixa antes mesmo que aconteçam, proporcionando tempo e dados relevantes para um melhor planejamento das decisões. As atitudes são tomadas perante um claro panorama da situação financeira da empresa e da realidade do mercado.
Um fluxo de caixa bem elaborado revelará, conforme o caso, a necessidade de captação de recursos para a liquidação dos compromissos da empresa, ou a possibilidade de investimento de valores excedentes de caixa em operações mais rentáveis para ela.
Em períodos de crise, é o fluxo de caixa que permite ao gestor verificar se os recursos disponíveis em caixa são suficientes para manter as atividades operacionais do negócio em pleno funcionamento.
Portanto, especialmente em contextos de acentuada queda de faturamento, o fluxo de caixa torna-se essencial para projetar a forma e o momento adequados para a contratação de empréstimos e financiamentos, antecipando o processo de análise e seleção de linhas de crédito oferecidas pelas instituições financeiras.
Quer ainda mais motivos?
Além disso, um estudo detalhado dos passivos do fluxo de caixa pode até resultar na redução de custos empresariais. É o caso quando são descobertos desperdícios ou gastos considerados supérfluos, aumentando a lucratividade e a rentabilidade do negócio.
A análise de um estruturado fluxo de caixa também possibilita o conhecimento de fatores que impactam negativamente o saldo de caixa da empresa. Isso ocorre se há ampliação exagerada dos prazos de recebimento ou uma alta taxa de inadimplência, fazendo com que o administrador tenha que planejar e executar medidas de enfrentamento destes contextos.
Como se pode notar, o fluxo de caixa é um instrumento de controle de movimentações financeiras e de apoio à tomada de decisões. O objetivo dessa ferramenta é informar a capacidade que a empresa possui para liquidar seus compromissos a curto, médio e longo prazos.
Muito embora as ações em momentos de crise sejam emergenciais e de curto prazo, não se pode perder de vista o foco no longo prazo. Mesmo com as incertezas momentâneas, é fundamental preparar a empresa para aquilo que ainda está por vir. Uma tarefa mais fácil quando se tem a visibilidade do fluxo de caixa, acompanhando como se encontram as finanças e simulando os mais variados cenários, uma vez que cada decisão afetará o resultado da empresa a curto, médio e longo prazos.
Os lançamentos realizados no fluxo de caixa não servem apenas para a identificação das entradas e saídas, mas também para o planejamento de ações futuras com base nos resultados.
Por exemplo, sabendo, de antemão que, em determinado dia no mês, o contas a pagar da empresa será maior que o contas a receber e que o saldo em conta estará comprometido, em vez de se optar por uma captação de dinheiro, que tal negociar a prorrogação de vencimento dos títulos com os fornecedores? Ou, que tal oferecer um desconto para um cliente parceiro antecipar a liquidação de um título?
É bem provável que estas negociações sejam mais baratas para a empresa do que tentar uma captação de recursos. Não vai ser preciso relacionamento com bancos e as consequentes taxas, juros, garantias, etc. Trata-se de uma relação ganha-ganha entre o cliente e o fornecedor… é tempo de ajuda recíproca!
Em breve, quando esse momento difícil passar, vai chegar a hora em que, ao invés de se pensar em estancar as perdas e sair do vermelho, a ideia será investir e novamente serão criados cenários e realizadas simulações para que se possa projetar a expansão e o crescimento dos negócios.
Para concluir, é preciso que as empresas tenham uma cultura de planejamento, acompanhamento e análise regular das informações do respectivo fluxo de caixa, a fim de contarem com o melhor embasamento no processo de tomada de decisão.
E então, como está o fluxo de caixa de sua empresa? Você conseguiu perceber a importância dele?